No final dos anos 70, quando Jennifer Milbourn tinha cerca de quatro meses ainda no ventre de sua mãe, ela quase morreu por uma tentativa de aborto por aspiração D&C. No entanto, Jennifer era maior do que o esperado, então eles mandaram sua mãe para casa para aguardar pelo aborto por conta do buraco no saco embrionário.
“Foi um procedimento de aspiração a vácuo, que é um tubo a vácuo que vai sugar o bebê. Minha cabeça era maior do que a abortadora esperava, o que provavelmente significava que minha mãe biológica havia dito a eles que ela não estava tão avançada na gravidez”, revelou Jennifer.
No entanto, Jennifer sobreviveu à tentativa de aborto e viveu para nascer a termo. Sua tia, que estava com sua mãe biológica naquele dia no centro de aborto, a adotou e ela cresceu com uma mãe, um pai e uma irmã adotiva. Jennifer sempre se sentiu diferente ao crescer, mas foi só aos 19 anos que ela descobriu a verdade, ao questionar sua mãe.
“Lembro-me que olhei pela janela do carro e comecei a chorar. Eu tinha 19 anos de idade e, naquele momento de minha vida, vivendo sozinha e tentando me entender como adulta, eu não estava em posição de entender ou compreender a sobrevivência de um aborto”, disse ela, segundo Live Action.
Sendo assim, apenas seis anos depois de saber da tentativa de aborto que Jennifer finalmente contou a seu marido a história. Alguns anos depois, em 2014, durante um grupo de orações de mulheres, sabendo que seu pastor havia sido adotado, ela se sentiu confortável o suficiente para compartilhar sua história, e se sentiu acolhida.
Mais tarde naquele ano, ela falou em um evento do centro de recursos da gravidez, compartilhando sua história publicamente pela primeira vez. Então, em 2019, ela descobriu outra sobrevivente do aborto, Melissa Ohden, fundadora da Rede de Sobreviventes do Aborto (ASN).
“Eu pensava: ‘Não há como alguém sobreviver a um aborto. Eu sou aquela aberração, certo? Sou aquela que alguém não queria o suficiente para me matar’. Isso é o quanto essa mentira realmente me afetou. Ela sabia o que eu sentia e nunca tive ninguém experimentando as mesmas emoções que eu tive ao descobrir sobre sua sobrevivência”, disse.
Atualmente, Jennifer é esposa, mãe de três filhos, e estudante de psicologia. Ela está aprendendo sobre a memória corporal e percebendo que seus comportamentos quando criança foram indicativos do trauma que sofreu no útero. Ela sabe agora que o aborto não foi culpa dela.
“Eu não tinha feito nada que justificasse o fim de minha vida. Sendo tão pequena, eu não tinha feito nada de errado. Foi o que me custou mais a acreditar, esta era a minha vida em jogo. Felizmente, Deus salvou minha vida”, concluiu.
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