O órgão reuniu dados entre 2012 e 2022. De acordo com o estudo, o País contabilizou mais de 7 milhões de acidentes de trabalho com trabalhadores registrados no regime CLT. A média é de um caso a cada 51 segundos.
Desse total, mais de 28 mil resultaram em óbitos e mais de R$ 150 milhões foram gastos com afastamentos de funcionários por conta dos acidentes.
Estado mais populoso do Brasil, São Paulo lidera nos indicadores de acidentes de trabalho e mortes. Segundo a pesquisa, de 2012 a 2022, foram registrados mais de 570 mil acidentes de trabalho, que resultaram em mais de mil mortes no estado.
Os acidentes mais frequentes envolvem corte, laceração, ferida contusa, punctura, fratura, contusão, esmagamento, distensão e torção. Entre as atividades mais envolvidas, a área hospitalar tem destaque com mais de 80 mil notificações.
“As empresas devem seguir o que a Norma Regulamentadora 1 (NR-1) exige, quanto a prevenção dos acidentes de trabalho. Também, é importante pensar em conjunto com a área da saúde, de modo que consigam identificar os riscos e mapear os exames ocupacionais necessários para a saúde do colaborador”.
O Brasil é o país que mais possui legislações referentes à segurança no trabalho em todos os âmbitos. Atualmente, são 38 normas regulamentadoras que consistem em um conjunto de orientações e procedimentos com o propósito de trazer mais segurança e qualidade de vida para os trabalhadores. As medidas vistam proporcionar um ambiente de trabalho seguro e sadio, além de prevenir ocorrências de doenças e acidentes do trabalho.
Quadro Completo Normas Regulamentadoras elaborado pelo SOC – Software para Gestão de SST. — Foto: Divulgação
Com o intuito de simplificar, desburocratizar e homogeneizar as normas regulamentadoras, o Ministério do Trabalho publicou, em 2018, a portaria nº 787. Acima, encontramos o quadro completo das Normas Regulamentadoras, cada uma com uma finalidade, para diferentes áreas de trabalho.
4º país com maior taxa de Acidentes de Trabalho do mundo
Mesmo com uma legislação extensa, o Brasil segue entre os líderes dentro do ranking mundial de acidentes de trabalho, ocupando o 4º lugar referente às taxas de acidentes e mortalidade no trabalho. O País está atrás apenas de China, Índia e Indonésia. Além disso, o país possui o Fator Acidentário Previdenciário (FAP), que calcula o desempenho da empresa e seus índices quanto a prevenção de acidentes no trabalho.
Para Thalita, fatores humanos influenciam estes números. “Com todas as Normas Regulamentadoras, orientando passo a passo para a realização de um procedimento, as pessoas ainda carregam o hábito de fazer no ‘automático’ ou até mesmo se adaptam a situações de risco. Por exemplo, quando precisamos de um eletricista, abrimos um aplicativo e contratamos o serviço, sem ao menos perguntarmos se o profissional possui algum treinamento específico. Neste caso, é necessário ter o treinamento de NR-10, porém na maioria das vezes nem o prestador de serviço e nem o contratante tem esse conhecimento. Devemos saber se o profissional possui os equipamentos de proteção corretos e suas certificações.”
Além disso, a técnica de segurança do trabalho, frisa que uma visão macro é o primeiro passo para entendermos os motivos dos acidentes, afastamentos e óbitos em ambientes de trabalho.
Gastos com afastamentos acidentários
Os acidentes de trabalho geram prejuízos tanto para o trabalhador, quanto para o empregador. Desde 2012, já foram mais de R$ 150 bilhões gastos com afastamentos acidentários, uma média de R$ 1,00 a cada 2 milésimos.
No site do Observatório de Saúde e Segurança do Trabalho é possível ver o número atualizando em tempo real. Esse valor representa os pagamentos de benefícios de natureza acidentária realizados pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
O FAP tem como função diferenciar as empresas pelo desempenho em relação à saúde de seus funcionários. As instituições que apresentam um número maior de acidentes ou doenças ocupacionais pagam mais. Já as empresas que investem na gestão da saúde e segurança do trabalhador a longo prazo, e conseguem zerar esse número, recebem até 50% de desconto na alíquota RAT.
Além da redução da carga tributária direta do FAP, as empresas que possuem uma redução significativa de acidentes e ou doenças do trabalho também podem perceber redução do risco de imagem por contar com um ambiente seguro para seu trabalhador e até mesmo, aumento da produtividade pelo trabalhador se sentir valorizado de estar em um local seguro e que zela pela sua saúde e bem-estar.
A principal forma de prevenir acidentes é ter uma boa gestão de saúde e segurança do trabalho. De forma prática, a Gestão de SST é um conjunto de estratégias e práticas que cuidam da saúde e segurança dos colaboradores.
O principal foco da gestão de SST é reduzir o número de acidentes e doenças ocupacionais, assim, a empresa deve ter mecanismos e ações para assegurar que seus colaboradores estejam protegidos.
“Estamos em uma pegada muito digital nos últimos 10 anos e com as questões trabalhistas não é diferente, nesse tempo entraram os eventos de SST, o eSocial que não engloba somente SST, mas várias vertentes e todo o gerenciamento de riscos ocupacionais. É importante estar atualizado com as normas e ter uma ferramenta que auxilie toda essa gestão e auxilie no envio dos eventos de SST para o eSOCial”, conta Thalita.
O SOC, software de saúde e segurança do trabalho, revolucionou o mercado ao trazer informatização e mais de 300 funcionalidades para a gestão de SST. Thalita, que faz parte da equipe, conta o diferencial do sistema.
“O SOC é um software completo, ele faz os envios para o eSOCial de forma rápida e dinâmica, faz toda a emissão dos documentos, toda parte de GRO, possui base de dados para arquivar as informações. Além de atender toda a parte de entrega e controle de EPIs, gestão dos riscos, informações de saúde, atendimento às NRs, entre outros”, finaliza.
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