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O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, ainda precisa assinar a decisão para que os suecos se tornem o 32º o país a integrar a aliança, o que deve acontecer nos próximos dias. Agora, resta apenas a aprovação da Hungria para que a Suécia entre na organização. É necessária a aprovação de todos os integrantes da Otan para a entrada de um novo país.
Desde 2022, a Turquia fazia objeções sobre a entrada da Suécia na aliança militar, depois que Estocolmo pediu para entrar na Otan, após a invasão em grande escala da Rússia na Ucrânia. Embora se oponha à invasão, o governo turco criticou as sanções ocidentais contra Moscou.
A Turquia e a Hungria mantêm melhores relações com a Rússia do que outros membros da Otan, aliança que é liderada pelos EUA.
A Hungria disse que acredita que a adesão à Otan “não é uma prioridade” para a Suécia com base nas ações do país. O país havia se comprometido a não ser o último aliado a ratificar a adesão da Suécia, mas o parlamento húngaro está em recesso até meados de fevereiro.
O primeiro-ministro da Suécia, Ulf Kristersson, disse que o país “está a um passo mais perto de se tornar membro da Otan”.
Em abril de 2023, a Finlândia entrou oficialmente para a Otan. A adesão da Finlândia à aliança foi um dos principais movimentos da geopolítica mundial desde o início da guerra na Ucrânia e acirrou ainda mais as tensões entre Ocidente e Rússia, que começou a dividir oficialmente uma fronteira de mais de 1.300 quilômetros com um país membro da aliança militar do Ocidente.
Em julho de 2023, Erdogan concordou em encaminhar ao parlamento a proposta da Suécia para ingressar na Otan. Na ocasião, o secretário-geral Jens Stoltenberg disse que “o presidente Erdogan concordou em encaminhar o protocolo de adesão da Suécia à grande assembleia nacional o mais rápido possível e trabalhar em estreita colaboração com a assembleia para garantir a ratificação”, disse Stoltenberg em entrevista coletiva.”
A Otan anunciou em 18 de janeiro a realização do maior exercício militar desde a Guerra Fria. Foram convocados 90 mil soldados de todos os países da aliança, além da Suécia, para a ação, que prevista para acontecer nesta semana. O término deve acontecer em maio. Mais de 1.200 veículos de combate, entre navios, caças, helicópteros, drones e tanques de guerra serão usados.
Os militares participarão de uma série de exercícios conjuntos que trabalharão com o cenário de um “ataque russo”, segundo o comandante-geral da Otan na Europa, o general Christopher Cavoli.
Entenda o que é a Otan
A organização passou para o centro das discussões da diplomacia internacional em meados de abril e ao longo de maio de 2022 devido à possibilidade de adesão da Finlândia e da Suécia, em meio à Guerra na Ucrânia. Em abril de 2023, a Finlândia entrou oficialmente para o grupo.
A organização foi criada em 1949, no período da chamada Guerra Fria, sob a liderança dos EUA em oposição à extinta União Soviética. Durante a Guerra Fria, os países ligados aos EUA pertenciam à Otan, e a União Soviética tinha uma aliança nos mesmos moldes, o Pacto de Varsóvia. Após a dissolução do bloco comunista, em 1991, muitos dos países que pertenceram ao Pacto de Varsóvia entraram na Otan – é o caso inclusive da Polônia, cuja capital, Varsóvia, dava nome à antiga aliança.
Desde então, a Otan passou a atuar, sobretudo, como uma aliança que zela pelos interesses econômicos dos membros, com algumas exceções, como por exemplo quando agiu diretamente na Líbia, no conflito que derrubou o ditador Muammar Gaddafi.
Turquia aprova entrada da Suécia na Otan — Foto: Arte g1
Por: G1
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