“Chega a ser irônico, mas infelizmente o que ele mais amava [futebol] foi o que acabou levando-o embora”, disse filha da vítima, Marliene Nunes de Oliveira Maia, de 31 anos, em entrevista ao g1.
José Nivaldo estava em um jogo de futebol em comemoração à reinauguração do campo no bairro Cota 200, quando começou a passar mal na manhã de domingo (21). De acordo com a filha, ele jogou aproximadamente uns 10 minutos e pediu para ser substituído.
“Logo após sair, ele começou a passar mal”, afirmou Marliene. Ela disse que os moradores que estavam no local prestaram os primeiros socorros e acionaram o resgate.
O Corpo de Bombeiros informou que foi acionado e identificou a vítima em parada cardiorrespiratória. A equipe realizou manobras de reanimação e pediu apoio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
De acordo com a Prefeitura de Cubatão, as primeiras informações que o Samu recebeu foi de uma pessoa sofrendo de mal-estar, respirando pela boca. “Chegando no local, os médicos realizaram o primeiro atendimento no paciente que já estava sem pulso e tentaram a reanimação. O homem foi direcionado ao Pronto Socorro Central, porém sendo verificado o óbito”.
Ainda segundo a administração municipal, a ambulância do Samu chegou em sete minutos e a ambulância UTI também foi direcionada até o local para o atendimento. Segundo a prefeitura, o bairro Cota 200 fica a 11 km de distância da base do Samu, situada no Jardim Casqueiro.
“Acredito que se tivesse uma ambulância no bairro, talvez o desfecho com relação ao meu pai poderia ser outro”, disse Marliene.
Em boletim de ocorrência registrado como morte natural, o enteado de José Nivaldo afirmou que o padrasto chegou a ir ao médico recentemente, pois estava sentindo desconforto no peito, dores e formigamento nos braços nas últimas semanas. Porém, ele foi liberado sem diagnóstico.
À equipe de reportagem, Marliene disse que o pai começou a ter problemas de saúde há um ano e foi internado duas vezes. “Mas não era nada sobre o coração dele, era mais sobre a coluna. Ele chegou a ter sintomas literalmente de AVC [Acidente Vascular Cerebral], mas foi descartado AVC, infarto, tudo isso. Ele estava com problema mesmo na coluna, porque ele tinha hérnia de disco”.
A filha descreveu José Nivaldo como uma pessoa muito sorridente e apegada à família. “Não tinha tempo ruim para nada”, afirmou Marliene, dizendo que ele deixou um legado de alegria.
Ela contou que é difícil entender a morte repentina do pai, mas se conforta por saber que o homem se foi fazendo o que amava, que era jogar futebol. “Todo domingo ele estava lá no campo, porque ele amava o futebol. Ele era presidente de um time da várzea”, afirmou.
“Acredito que Deus sabe o que faz. Ele era uma pessoa maravilhosa, todo mundo gostava dele, tinha um carinho”.
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