No total, 2.571 títulos foram objeto de censura em 2022, frente a 713 no ano anterior e 156 em 2020, marcando um novo recorde desde que a associação, criada há 140 anos, começou a compilar esse tipo de informação, há duas décadas.
Um total de 58% das denúncias foram contra livros presentes em bibliotecas de escolas e em planos de estudos escolares, e o restante contra títulos em bibliotecas públicas.
Alguns dos títulos afetados em anos anteriores foram clássicos como “O Sol é Para Todos”, de Harper Lee, “Ratos e Homens”, de John Steinbeck, ou “O Olho Mais Azul”, do ganhador da Nobel de Literatura Toni Morrinson.
Antes de 2021, a maioria das tentativas de censurar um livro buscavam retirá-lo de circulação ou restringir o acesso à obra. “[Agora,] estamos vendo que essas impugnações são de grupos de censura organizados que vão às reuniões dos conselhos de administração das bibliotecas locais para exigir a retirada de uma longa lista de livros [e] que ninguém os possa ler”, disse Deborah Caldwell-Stone, diretora do Escritório de Liberdade Intelectual da ALA, em comunicado.
Seu objetivo é “suprimir as vozes daqueles tradicionalmente excluídos dos debates da nossa nação, como as pessoas da comunidade LGBTQIA+ ou as pessoas não brancas”, afirmou Caldwell-Stone.
De acordo com a presidente da ALA, Lessa Kanani’opua Pelayo-Lozada, a censura não afeta apenas os livros. Cada vez mais, há ameaças a funcionários de bibliotecas, ao seu emprego, à sua segurança, e, em alguns casos, ameaças diretas por fornecerem livros aos que desejam lê-los.
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Por: G1
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