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Benjamin Netanyahu aprova plano do Exército israelense para ofensiva a Rafah, onde milhões de palestinos estão refugiados

today15 de março de 2024 13

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O gabinete de Netanyahu não fornecer mais detalhes nem estabelecer uma data para o início da operação, que gera preocupação internacional.

O porta-voz do governo dos Estados Unidos para assuntos de segurança, John Kirby, disse que os EUA ainda não viram o plano do Exército israelense, mas que gostariam de o ver. O país americano é o principal aliado de Israel.

O porta-voz da Organização das Nações Unidas, Stephane Dujarric, expressou temor pela notícia: “As consequências de uma operação militar em Rafah nas atuais circunstâncias seriam catastróficas para os palestinos em Gaza, seria catastrófica para a situação humanitária. Esperamos que tudo isso possa ser evitado”, disse.



Desde o início da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, os palestinos da Faixa de Gaza deixaram o norte, o centro e outras cidades do sul do território palestino por conta de bombardeios e ações por terra do Exército de Israel e se refugiaram em Rafah, que faz fronteira com o Egito. Veja antes e depois da cidade.

Netanyahu pretende ocupar toda a cidade temporariamente e, por isso, pediu o plano aos militares. Segundo o premiê israelense, Rafah é também o último bastião do Hamas e, portanto, o último front de batalha para completar sua guerra contra o grupo terrorista.

Desde que anunciou os planos de fazer operação militar em Rafah, em fevereiro, o Exército israelense vem bombardeando alvos na cidade.

É na cidade, também, para onde os milhares de estrangeiros que estavam na Faixa de Gaza quando a guerra estourou vão quando recebem autorização para deixar o território – eles saem de lá pela passagem fronteiriça com o Egito, aberta apenas para a entrada de ajuda humanitária e saída de estrangeiros previamente autorizados ou de casos hospitalares emergenciais.

Guerra em Gaza: palestinos observam destruição causada por bombardeio de Israel em Rafah, em 9 de fevereiro de 2023. — Foto: Mahmud Hams / AFP

O Egito não autoriza a entrada de palestinos em seu território, a não ser em casos excepcionais.

O anúncio foi criticado pela Organização das Nações Unidas (ONU), que disse que a ocupação pode ter graves consequências humanitárias, já que a população não tem para onde ir.

Os Estados Unidos, que têm criticado as ações de Israel em Gaza, também vinham tentando que o acordo para uma nova trégua entre as duas partes desde antes de Netanyahu anunciar a intenção da ofensiva em Rafah.

Israel anuncia ampliação da guerra no sul da Faixa de Gaza

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Rafah antes e depois dos refugiados da guerra

Imagens aéreas de Rafah mostram o assentamento de refugiados da guerra no local. É possível ver o impacto do deslocamento de cerca de 1,5 milhão de pessoas de diversas regiões da Faixa de Gaza para a cidade, que tem população de 280 mil pessoas. (Veja foto abaixo)

Imagem Planet Labs PBC via AP Imagem Planet Labs PBC via AP

Veja impacto do deslocamento da população da Faixa de Gaza para a cidade de Rafah, no Egito. — Foto 1: Planet Labs PBC via AP — Foto 2: Planet Labs PBC via AP

ONU é contra deslocamento forçado de civis

O porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, afirmou na sexta (9) que os civis palestinos em Rafah, na Faixa de Gaza, precisam ser protegidos, mas é contra um deslocamento forçado em massa de pessoas. A declaração veio em meio à ordem de Netanyahu para evacuação da cidade.

“Estamos extremamente preocupados com o destino dos civis em Rafah. As pessoas precisam ser protegidas, mas também não queremos ver nenhum deslocamento forçado em massa de pessoas, o que é, por definição, contra a vontade delas. Não apoiaríamos de forma alguma o deslocamento forçado, que vai contra o direito internacional”, disse Dujarric.

O Egito enviou cerca de 40 tanques e veículos blindados de transporte de pessoal a região da cidade de Rafah, no nordeste do Sinai, nas últimas duas semanas.

A medida do governo egípcio faz parte de uma série de medidas para reforçar a segurança na fronteira com Gaza, segundo duas fontes de segurança do país ouvidas pela Reuters. O destacamento ocorreu antes da expansão das operações militares israelenses em torno de Rafah.




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Por: G1

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