Os seguidores do budismo no Tibete, Sudoeste da China, continuam a praticar livremente suas crenças, mesmo com o governo chinês afirmando estar construindo um “Estado sem religião”. Muitos templos budistas estão presentes na região autônoma do Tibete, onde os seguidores fazem seus rituais, meditam e oram, além de praticarem as chamadas “rodas de orações”.
Esses objetos, muito utilizados pelos praticantes do budismo tibetano, são cilindros que contém mantras escritos e, segundo a crença, quanto mais orações budistas são recitadas, mais abençoadas as pessoas serão.
De acordo com a organização Portas Abertas, muitos chineses seguem essa prática fielmente. Xiu, uma parceira da organização, visitou um desses templos e registrou fotos, onde é possível ver “mensagens patrióticas” por todos os lados, inclusive através dos ensinos budistas. “Há um pôster com os 12 valores do socialismo na China que combina caracteres do mandarim como ‘prosperidade, ‘democracia’, civilidade’, ‘dedicação’, ‘integridade’ e ‘amizade’”, disse Xiu.
Além disso, ela também encontrou banners com a mensagem “Ame seu país e a religião. Obedeça a lei e siga os princípios budistas”. Ou seja, há um vínculo direto entre amar a nação e seguir o budismo. Essa pressão sobre os cristãos que deixam o budismo para seguir a Jesus é desafiadora, uma vez que as mensagens nos templos afirmam que abandonar o budismo é uma traição à pátria e uma forma de desconexão.
Embora o governo chinês afirme estar construindo um “Estado sem religião”, na China não há problemas em ser um religioso, mas sim em seguir o cristianismo. O país ocupa o 16º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2023, onde aqueles que decidem seguir Jesus podem comprometer seu futuro como cidadão.
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