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Com isso, o diplomata Fábio Moreira Farias passará a ser o encarregado de negócios do país em Tel Aviv – o que, na prática, o colocará na chefia interina da representação.
Frederico Meyer foi chamado para consultas pelo presidente Lula. A medida é excepcional e, na linguagem diplomática, representa uma forma de o Brasil demonstrar insatisfação a Israel.
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Um dia depois, na segunda (19), Frederico Meyer foi levado por Israel Katz ao Museu do Holocausto, o que foi visto por diplomatas brasileiros como uma forma de “humilhar” o diplomata e, consequentemente, o próprio Brasil.
Informações do domingo davam conta de que, diante da crise entre Brasil e Israel, Meyer se reuniria com Katz na sede do Ministério das Relações Exteriores de Israel. A programação, porém, mudou, e Meyer foi levado ao museu.
Diante disso, o Itamaraty divulgou um comunicado no qual informou que, em razão da “gravidade” do cenário, Frederico Meyer foi chamado para consultas.
O embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, foi chamado a uma reunião com o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, ainda na segunda.
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Com a saída de Frederico Meyer, Fábio Moreira Farias deixará a função de ministro-conselheiro e passará à condição de encarregado de negócios do Brasil em Israel.
Com isso, Fábio Moreira Farias passará a ser o chefe interino da representação brasileira em Tel Aviv. Ele pode permanecer na função até que o Brasil indique um novo embaixador ou determine a volta de Frederico Meyer ao posto no exterior.
Diplomata de carreira desde 2004, Farias já atuou na Assessoria Especial de Assuntos Federativos e Parlamentares (Afepa).
Segundo informações do Itamaraty, o diplomata também já atuou:
À GloboNews, o conselheiro emérito do Centro Brasileiro de Relações Exteriores, Marcos Azambuja, avaliou que as relações entre Brasil e Israel devem ficar “estremecidas” diante da nova crise, mas não “profundamente abaladas” no que ele chamou de “longo prazo”.
Isso porque, para Azambuja, as relações entre Brasil e Israel são históricas e, com o tempo, deverá ser selado o consenso entre os dois países.
Ex-embaixador do Brasil em países como Argentina e França, Azambuja avaliou que manter um encarregado de negócios em vez de um embaixador em Tel Aviv neste momento dá a “garantia” de que as relações continuam, ainda que em nível hierárquico inferior.
“Você não interrompe o fluxo das negociações, você abaixa o nível da interlocução. […] É uma expressão de que as coisas não estão bem, que os dois países estão com o diálogo prejudicado. […] Mas as relações continuam, mas com capacidade mais moderada de influenciar. […] É como a febre, é um sintoma de que as coisas não vão bem”, afirmou.
Com passagens pela diplomacia brasileira em cidades como Londres (Inglaterra) e Nova York (Organização das Nações Unidas), Azambuja disse discordar do comportamento do chanceler israelense, Israel Katz, que fez uma cobrança pública a Lula em uma rede social.
“Não se pede desculpas de maneira pública. Se eu quiser uma desculpa sua, a primeira coisa que vou fazer é procurar um intermediário e dizer que quero desculpas. […] O fato da publicação do pedido de desculpas quase que inviabiliza a desculpa. […] Você não usa a publicidade para obter as desculpas”, declarou.
Azambuja avaliou, ainda, que o governo de Israel buscou “humilhar publicamente” Frederico Meyer ao levá-lo ao museu do holocausto.
“Quando você quer desculpas, você usa um intermediário confiável a ambos e fala ‘vamos baixar a bola porque assim não vamos chegar a nada’. […] Agora, quando faço um ato público no museu, com grande publicidade, é para humilhar o embaixador. Você [Israel] não quer desculpa, você quer humilhação pública, é outra coisa. Não é o caminho para o entendimento”, concluiu.
Na hierarquia diplomática, o status do encarregado de negócios é inferior ao de embaixador.
Isso porque o embaixador, indicado pelo presidente da República e sabatinado pelo Senado, assume o posto como chefe da representação do país num determinado local.
O encarregado de negócios, por sua vez, embora chefie a representação quando designado, o faz de forma interina e não precisa ser sabatinado pelo Senado.
Por: G1
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