O movimento está sendo chamado de “dia da resistência”.
Os manifestantes estão bloqueando órgãos e organizações que apoiem as mudanças judiciais propostas pelo atual governo. Além disso, o protesto prevê diminuir ou bloquear a circulação no principal aeroporto de Tel Aviv onde o primeiro-ministro passará a caminho de Roma. A ideia é que ele não inicie o trajeto.
Manifestantes pelo “dia da resistência” em Tel Aviv, Israel, são cercados por policiais em 9 de março de 2023 — Foto: Ronen Zvulun/REUTERS
Itamar Ben Gvir, Ministro da Segurança Nacional e um dos maiores aliados do premiêm disse que a polícia não pode deixar o movimento acontecer.
O alvoroço sobre a revisão legal de Netanyahu mergulhou Israel em uma de suas piores crises domésticas. Além dos protestos, que atraíram dezenas de milhares de israelenses às ruas e recentemente se tornaram violentos, a oposição surgiu em toda a sociedade, com líderes empresariais e autoridades legais se manifestando contra o que dizem ser os efeitos ruinosos do plano. A divisão não poupou os militares de Israel, que estão enfrentando uma oposição sem precedentes de suas próprias fileiras.
“Israel está prestes a se tornar um país autocrático. O atual governo está tentando destruir nossa democracia e, na verdade, destruir o país”, disse Savion Or, um manifestante em Tel Aviv.
Aliados de Benjamin Netanyahu aparecem sentados em bancada do Parlamento israelense — Foto: Amir Cohen/REUTERS
As mudanças defendidas por Netanyahu no sistema judiciário tornarão mais fraco o Supremo Tribunal Federal.
Se essa mudança for aprovada, a mais alta corte do país perderá poder para o Parlamento, que poderá anular as suas decisões por maioria simples de votos e terá controle sobre a nomeação de juízes.
No momento, Netanyahu tem apoio da maioria do Parlamento.
Esses fatores combinados podem dar ao atual premiê muito poder e abrir espaço para um governo totalmente autoritário e sem a base principal de uma democracia, a igualdade dos três poderes.
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G1 Mundo.
Por: G1
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