O Ministro da Segurança Nacional de Israel e líder do Partido Otzma Yehudit, Itamar Ben-Gvir, ameaçou na terça-feira (30) derrubar o governo se este alcançar um acordo “imprudente” de reféns com o Hamas. A ameaça surgiu em meio a progressos aparentes para liberar os 136 reféns restantes em Gaza, que o grupo terrorista sequestrou durante seu ataque em 7 de outubro às comunidades próximas à Faixa de Gaza.
Desse modo, em resposta à declaração de Ben-Gvir, o líder da oposição, Yair Lapid, escreveu na plataforma X que seu partido Yesh Atid e seus 24 membros da Knesset dariam apoio total ao governo para um acordo de libertação dos reféns.
“Nos últimos 116 dias, encontrei dezenas de famílias de sequestrados. Eu prometi a eles e repito minha promessa: daremos ao governo uma rede de segurança para qualquer acordo que devolva os sequestrados a seus lares e famílias. Este é o nosso compromisso com os sequestrados e suas famílias, esta é a nossa promessa”, escreveu Lapid.
Além disso, o chefe do escritório político do Hamas em Doha, Ismail Haniyeh, afirmou na terça-feira que o grupo terrorista estudaria uma proposta recebida nas negociações em Paris no domingo. Ele também anunciou uma visita ao Cairo para discutir a iniciativa. Haniyeh enfatizou que a prioridade do Hamas é o fim da ofensiva militar de Israel em Gaza e a retirada de todas as tropas do enclave costeiro.
Sendo assim, essa demanda contrasta com o objetivo declarado de Israel de destruir o grupo terrorista. O escritório do Primeiro-Ministro de Israel descreveu a reunião em Paris como “construtiva”, mas reconheceu “lacunas significativas” que serão discutidas em futuros encontros.
Segundo God TV, o chefe do Mossad, David Barnea, o diretor da Agência de Segurança de Israel (Shin Bet), Ronen Bar, e o Major-General Nitzan Alon, principal negociador de reféns das Forças de Defesa de Israel, se encontraram com mediadores do Catar e do Egito nas negociações em Paris.
Por fim, relatos não confirmados descrevem o acordo emergente como um cessar-fogo de dois meses, com a libertação escalonada de mais de 100 reféns. Israel aumentaria a ajuda humanitária à Faixa de Gaza e comutaria as sentenças de prisão de um número não especificado de terroristas palestinos.
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