A ONG Ecomov revelou um aumento de 300% no volume de lixo internacional encontrado nas praias do litoral de São Paulo desde 2019. Na última coleta, realizada entre setembro de 2022 e maio de 2023, foram recolhidos 1,6 mil itens de origem estrangeira, incluindo material cancerígeno e corrosivo (veja fotos na galeria de imagens abaixo).
O lixo coletado em São Vicente e Peruíbe na Baixada Santista representam 75% do material internacional recolhido no litoral do estado.
Em São Vicente, a origem de lixos da China e Malásia predominaram, sendo respectivamente 40% chineses e 20% malaios. Também foram encontrados produtos da Turquia e Rússia.
Em Peruíbe, os lixos vindos da china foram os mais presentes, o equivalente a 37% do material recolhido. Na cidade também foram achados produtos dos EUA, Suécia, Alemanha, Turquia, Malásia e Singapura.
De acordo com Rodrigo Azambuja, presidente da Ecomov e educador ambiental, os materiais recolhidos vão desde embalagens alimentares, itens de higiene pessoal e cosméticos, até produtos utilizados na limpeza e manutenção de porões, selantes, colas e produtos com metabissulfito, que segundo ele é altamente cancerígeno e corrosivo.
Balanço realizado pela ONG Ecomov aponta que, desde 2019, o índice de lixo internacional no litoral paulista aumentou em 300%.
Conforme Azambuja, o primeiro registro e coleta de material com metabissulfito no litoral de São Paulo foi em 2019. Desde então, segundo ele, em todos os anos novas embalagens com o produto foram encontradas.
Ao g1, o presidente da ONG disse que, nesta quinta-feira (25), a organização abriu um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com o Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente (Gaema) para monitorar todas as praias do litoral de São Paulo.
A iniciativa busca catalogar os itens encontrados para pressionar as autoridades a intensificarem a fiscalização de limpeza de navios, já que, segundo ele, a maior parte do lixo internacional que vai parar nas praias vem de navios que atracam nos portos do estado.
O g1 pediu um posicionamento para o Gaema, mas não recebeu retorno até a publicação desta matéria.
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Por: G1
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