Guillermo Lasso durante anúncio de dissolução da Assembleia do Equador, em 17 de maio de 2023 — Foto: Bolivar Parra/AFP
Guillermo Lasso, o presidente do Equador, não vai ser candidato na eleição presidencial fora de hora que ele mesmo convocou ao dissolver a Assembleia Nacional do país, de acordo com o jornal “The Washington Post”, dos Estados Unidos.
O jornal publicou uma reportagem nesta sexta-feira (19) na qual Lasso diz que não tem planos para concorrer às eleições e não se importa em quem será seu sucessor.
Na quarta-feira, ele invocou cláusula da constituição que permite ao presidente convocar eleições antecipadas sob certas circunstâncias, inclusive se ações do Legislativo estiverem bloqueando o funcionamento do governo.
Presidente Guillermo Lasso dissolve o parlamento do Equador
Esse artigo da Constituição que permite que o presidente dissolva a Assembleia, mas ao mesmo tempo seja obrigado a convocar eleições para a presidência, é chamado de Morte Cruzada. Foi a primeira vez que foi aplicada no Equador.
O líder, que enfrentou uma tentativa de impeachment por parte de políticos da oposição, citou a grave crise política do Equador e a turbulência doméstica como razões para a medida.
Após a dissolução da Assembleia, as instituições já entraram em campo para dar seguimento ao cronograma das eleições.
A Corte Constitucional abriu caminho para que haja votação, e a corte eleitoral do Equador disse que as eleições antecipadas podem ocorrer em 20 de agosto.
A chefe do conselho eleitoral, Diana Atamaint, afirmou que agora ninguém pode obstruir as eleições após declaração da Corte Constitucional.
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