De acordo com a Anvisa, durante análise de Livre Prática para a entrada da embarcação nigeriana MV Dino, que está atracado no Armazém 31, a equipe da Vigilância Sanitária observou no livro médico de bordo, o registro de sintomas característicos de malária em um dos tripulantes.
O órgão determinou a testagem do tripulante e o resultado foi positivo para a doença. Ainda de acordo com a Anvisa, a embarcação que transporta açúcar opera normalmente no cais santista.
Para casos como este, segundo a agência, não é prevista quarentena da embarcação, pois não se trata de doença transmissível de uma pessoa a outra, mas sim pela picada do mosquito Anopheles infectado.
A Anvisa solicitou contato com o GB Terminais [onde está atracado, do lado de Santos] para restringir o acesso de pessoas ao navio e que seja realizado a desinsetização da embarcação. Há ainda a orientação de que o acesso à embarcação seja feito por um número mínimo de trabalhadores, protegidos com roupas longas e repelente e a testagem dos demais tripulantes.
O que diz a Autoridade Portuária
O g1 entrou com contato com a Autoridade Portuária de Santos (APS). O órgão informou que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) comunicou sobre a presença de um caso positivo de malária em um tripulante do navio MV Dino, atracado no cais do Armazém 31.
A Anvisa orientou que apenas pessoas essenciais devem acessar a embarcação, desde que o corpo, especialmente pernas e braços, estejam protegidos com produtos repelentes.
Também foram solicitadas ao comandante do navio e ao GB Terminais ações para evitar proliferação do mosquito, como desinsetização e desinfestação. O navio encontra-se atracado, entretanto, devido ao clima (chuva).
O g1 entrou em contato com a Prefeitura de Santos, mas ate a última atualização dessa reportagem não obteve retorno.
Mosquito transmissor da Malária — Foto: Getty Images
Malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários do gênero Plasmodium que são transmitidos pela picada da fêmea infectada do mosquito Anopheles, também conhecido como mosquito-prego.
Segundo o Ministério da Saúde, a malária não é uma doença contagiosa, ou seja, uma pessoa doente não é capaz de transmitir da doença. É necessária a participação de um vetor, que no caso é a fêmea do mosquito Anopheles.
A doença tem cura e o tratamento é eficaz, simples e gratuito, segundo o Ministério da Saúde. Entretanto, se não tratada, a doença pode evoluir para formas graves.
Entre os sintomas mais comuns estão: febre alta, calafrios, tremores, sudorese e dor de cabeça, mas antes de apresentarem estas manifestações, muitos pacientes sentem náuseas, vômitos, cansaço e falta de apetite.
Vídeos: g1 em 1 minuto Santos
Publicar comentários (0)