Recentemente, o presidente do Paraguai, Santiago Peña, se encontrou com líderes evangélicos da Associação de Igrejas Evangélicas do Paraguai (ASIEP) para discutir um acordo que o país assinou com a União Europeia. Durante a campanha eleitoral, Peña atraiu eleitores conservadores ao fazer a revogação desse acordo uma de suas principais promessas de campanha.
Segundo Evangelical Focus, esse acordo implica na promoção da “ideologia de gênero” na sociedade paraguaia. A oposição de Peña é o que levou um grande grupo de cristãos, incluindo evangélicos, a votar nele. Ele lidera o governo paraguaio desde 15 de agosto.
No entanto, depois de se tornar presidente, Peña mudou de posição quando o Senado, com o apoio de parte de seu partido e do ex-presidente Horacio Cartes, rejeitou o projeto de lei para revogar o acordo com a União Europeia. O presidente da ASIEP, Osvaldo Centurión, acusou o governo de trair seus eleitores.
“Estamos começando este governo com uma mensagem muito clara: eles prometeram revogar o acordo, mas nos apunhalaram pelas costas”, afirmou ele.
Além disso, o pastor Evangélico Jorge Márquez disse que “os políticos atuais estão mais interessados em ganhar votos com declarações politicamente corretas do que em defender a verdade, há muita decepção e seus valores são muito voláteis”.
Sendo assim, Peña se reuniu com a liderança evangélica, juntamente com o chefe da Casa Presidencial, Lea Giménez, o Ministro da Educação, Luís Ramírez, e o Ministro da Criança e Adolescente, Walter Gutiérrez. Eles asseguraram que o governo respeitará os valores do Paraguai.
Desse modo, em sua conta da plataforma X, o chefe de governo escreveu que teve uma reunião com pastores de diferentes igrejas, onde conversaram sobre a importância de proteger a família e “defender os valores que nos caracterizam como nação”. Peña destacou que também conversou com os representantes evangélicos sobre outros desafios que o Paraguai enfrenta.
“informamos sobre os esforços do governo para assinar uma emenda para respeitar a Constituição Nacional, os valores do Paraguai, a defesa da vida e da família, e reconhecer a importância da família e do casamento como pilar central da sociedade”, disse ele, quanto ao acordo com a União Europeia que finalmente entrou em vigor.
Por fim, evangélicos ficaram decepcionados com as ações do governo que deixaram muito a desejar em termos de defesa de valores e princípios. No entanto, o corpo evangélico também enfatizou a disposição para o diálogo e a determinação de trabalhar juntos para “construir a sociedade que todos desejamos no Paraguai”.
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